Fonte: Wikipedia
Em
química e
tecnologia, os
plásticos são
materiais orgânicos poliméricos sintéticos, de constituição
macromolecular, dotada de grande
maleabilidade (que apresentam a propriedade de adaptar-se em distintas formas), facilmente transformável mediante o emprego de
calor e
pressão, e que serve de
matéria-prima para a fabricação dos mais variados objetos:
vasos,
sacola,
toalhas,
embalagens,
cortinas,
bijuterias,
carrocerias,
roupas,
sapatos.
A matéria-prima dos plásticos geralmente é o
petróleo.
[1] Este é formado por uma complexa mistura de compostos. Pelo fato de estes compostos possuírem diferentes temperaturas de ebulição, é possível separá-los através de um processo conhecido como
destilação ou
craqueamento.
A designação "plástico" origina-se do
grego plassein e exprime a característica dos materiais quanto a moldabilidade (mudança de forma física). Adota-se este termo para identificar materiais que podem ser moldados por intermédio de alterações de condições de pressão e calor, ou por reações químicas.
- Termofixos são polímeros de cadeia ramificada, para os quais, o "endurecimento" (polimerização ou cura) é consequência de uma reação química irreversível.
- Termoplásticos, tem como vantagem sua versatilidade e facilidade de utilização, desprendendo-se, geralmente, da necessidade de máquinas e equipamentos muito elaborados (e financeiramente dispendiosos).
Dentre os termofixos conhecidos, destaca-se o
poliéster. As resinas poliésteres constituem a família de polímeros resultantes da condensação de
ácidos carboxílicos com
glicóis, sendo classificados como resinas saturadas ou insaturadas, dependendo da cadeia molecular resultante
[3].
- Poliestireno (Isopor): o poliestireno é formado por moléculas de estireno. Ele é capaz de formar um plástico rígido e resistente a impactos para móveis, gabinetes (para monitores de computador eTVs), copos e utensílios. Quando o poliestireno é aquecido com ar na mistura, forma o isopor. O isopor é leve, moldável e um excelente isolante.
- Cloreto de polivinila (PVC): o PVC é um termoplástico formado quando o cloreto de vinil (CH2=CH-Cl) sofre polimerização. Após a produção, ele fica frágil, então os fabricantes colocam um líquido plastificante para torná-lo macio e maleável. O PVC é muito utilizado para tubulações e encanamentos, por ser durável, impossível de corroer e mais barato do que tubulações metálicas.[5] Porém, após muito tempo, o plastificante pode ser eliminado naturalmente, tornando a tubulação frágil e quebradiça.
- Politetrafluoroetileno (Teflon): o teflon foi feito em 1938 pela DuPont, o produto foi patenteado em 1941.[6] É criado pela polimerização das moléculas de tetrafluoroetileno(CF2=CF2). O polímero é estável, resistente a altas temperaturas e a várias substâncias químicas e possui uma superfície quase sem atrito. O teflon é utilizado na fita de vedação de encanamento, utensílios para a cozinha, canos, revestimentos à prova d'água, filmes e mancais.
- Cloreto polivinílico (Saran): Dow fabrica resinas Saran, que são sintetizadas pela polimerização das moléculas de cloreto vinílico (CH2=CCl2). O polímero pode ser utilizado para fazer filmes e embalagens impermeáveis aos aromas dos alimentos. A embalagem de Saran é um plástico famoso para embalar alimentos.
- Polietileno, LDPE e HDPE: o polímero mais comum dentre os plásticos é o polietileno, feito de monômeros de etileno (CH2=CH2). O primeiro polietileno foi produzido em 1934. Atualmente, chamamos esse plástico de polietileno de baixa densidade (LDPE) porque ele flutua em uma mistura de álcool e água. No LDPE, as fibras de polímero são entrelaçadas e organizadas imprecisamente, então ele é macio e flexível. Foi utilizado pela primeira vez para isolar fios elétricos, mas atualmente, é utilizado para filmes, embalagens, garrafas, luvas descartáveis e sacos de lixo.
Na década de 50, Karl Ziegler polimerizou o etileno na presença de vários metais. O polímero polietileno resultante era composto principalmente por polímeros lineares. Essa forma linear produzia estruturas mais firmes, densas e organizadas, e é chamada atualmente de polietileno de alta densidade (HDPE). O HDPE é um plástico mais rígido com ponto de fusão mais alto do que o LDPE, e que encolhe em uma mistura de álcool e água. O HDPE foi apresentado pela primeira vez em bambolês, mas é usado hoje principalmente em recipientes e condutas para água potável.
- Polipropileno (PP): em 1954, Karl Ziegler e Giulio Natta, trabalhando independentemente, prepararam o polipropileno a partir de monômeros de propileno (CH2=CHCH3)[7] e receberam o Prêmio Nobel de Química em 1963. As diversas formas de polipropileno têm seus respectivos pontos de fusão e rigidez. O polipropileno é utilizado em acabamentos de carros, embalagens de bateria, garrafas, tubos, filamentos e sacolas.
Em
1997, pesquisadores do
Researchers from the Sea Education Society estimaram que o
Oceano Atlântico estava contaminado com 580 000 peças flutuantes de plástico por
quilômetro quadrado.
[9] De acordo com o
Greenpeace, o problema não é apenas o plástico que flutua: 70% do plástico afunda, contaminando o fundo dos oceanos, com cerca de 110 pedaços de lixo por
quilômetro quadrado.
[10] No oceano Pacífico, existe uma enorme ilha de plástico chamada de
Grande Porção de Lixo do Pacífico. Calcula-se que sua área seja maior do que a dos estados brasileiros de
São Paulo,
Rio de Janeiro,
Minas Gerais e
Goiás somados.
[11] A degradação do plástico é de até 450 anos.
[12] O descarte, na natureza, de material plástico à base de
poliuretano, causa problemas ambientais. Uma
hipótese, ainda em estudo, para solucionar tal problema seria o uso do
fungoPestalotiopsis microspora, supostamente capaz de alimentar-se de poliuretano.
[13][14]
Devido à sua insolubilidade em água e inércia química relativa, plásticos puros geralmente têm baixa
toxicidade. Alguns produtos de plástico contêm uma variedade de aditivos, alguns dos quais podem ser tóxicos. Por exemplo, plastificantes como
ftalatos e
adipatos são muitas vezes adicionados aos plásticos frágeis, como
cloreto de polivinila, para torná-los flexíveis o suficiente para uso em
embalagens de alimentos,
brinquedos e muitos outros itens. Traços destes compostos podem
lixiviar para fora do produto. Devido a preocupações sobre os efeitos que isso pode causar, a
União Europeia tem restringido o uso do
DEHP (di-2-etil-hexil ftalato) e outros ftalatos em algumas aplicações. Alguns compostos de lixiviação de recipientes para alimentos de poliestireno têm sido propostos para interferir nas funções hormonais e são suspeitos de causar
câncer.
[15][16]